Durante a operação, foram apreendidos prensa hidráulica, 13Kg de maconha, 1Kg de pasta-base de cocaína, celulares, armas de fogo e balanças
FOTO: JOSÉ LEOMAR
A equipe da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) apresentou, na manhã de ontem, os resultados de uma operação deflagrada na Rua Santa Filomena, no bairro Henrique Jorge. A ação policial, na última sexta-feira (14) culminou no fechamento de um laboratório de refino de drogas e na prisão de quatro pessoas, dentre elas um ex-policial civil.
Conforme o delegado titular da DCTD, Alexandre Ferraz, a operação foi fruto dos desdobramentos de uma denúncia anônima. De acordo com ele, uma casa em que haveria movimentação de drogas e um carro que fazia entregas já estavam sendo monitorados. Na sexta-feira, os policiais montaram uma vigilância no local avistaram o momento em que um pacote com crack estava sendo devolvido.
"Dois homens que estavam em um Ford Ka pararam e um outro, com um criança de colo nos braços, se aproximou e recebeu um pacote. Fizemos a abordagem e percebemos que se tratava de crack", disse Ferraz.
Os dois ocupantes do carro eram o ex-policial civil Carlos Alberto de Oliveira Silva, 63; e Edson Ferreira Campos, 58. O homem que recebeu a droga é Francisco Daniel Domingos dos Santos, 18. "Na hora em que foram abordados eles disseram que tinham ido devolver meio quilo de crack que, segundo eles, era de baixa qualidade".
Quando foram abordados, todos negaram que tivessem envolvimento com a droga e alegaram não saber o que estava dentro da embalagem. "O Carlos Alberto disse que estava apenas pegando carona e tudo aquilo era um mal entendido. Ele chegou a se identificar como policial civil, mas entramos em contato com a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e constatamos que ele foi demitido, por conta de um inquérito a que respondeu no ano de 2011. Já estava aposentado, mas sua remuneração foi cassada, quando foi comprovado o ato de corrupção, cometido por ele em Jaguaribe", revelou o delegado adjunto da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas, Sérgio Santos. O delegado afirmou, ainda, que está sendo investigado se Carlos Silva era apenas comprador da droga ou fazia parte do esquema de fabricação dos entorpecentes.
Laboratório
Um homem que acompanhava a movimentação tentou se esconder num beco e acabou levantando suspeitas. Mackson Deulhy Chagas Araújo, o 'Max', 22, foi abordado e levado até a casa onde morava, que era o verdadeiro alvo da operação da DCTD. "Nós já tínhamos informações sobre ele. Quando entramos na casa confirmamos que realmente era ele o responsável pelo laboratório de drogas", disse Alexandre Ferraz.
Fonte: Diário do Nordeste
 
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