Uma invenção inovadora promete transformar água e dióxido de carbono em combustível limpo. A tecnologia “Power-to-Liquid” (“energia pra líquidos”, em tradução livre), criada pela empresa alemã Sunfire GmbH, usa uma máquina e um processo químico para criar o combustível sintético. O preço da invenção, no entanto, deve ser caro.
Máquina é capaz de transformar água em combustível (foto: Reprodução/Sunfire)
Máquina é capaz de transformar água em combustível (foto: Reprodução/Sunfire)
O processo usa células eletrólizadoras de óxido sólido (SOEC, na sigla em inglês) para converter eletricidade vinda de fontes renováveis – eólica ou solar – em vapor. Em seguida, o oxigênio é removido, restando apenas hidrogênio. Esse gás é usado no dióxido de carbono (CO²), que pode ser obtido naturalmente na atmosfera, ou como resíduo de outros processos de geração de energia. Isto serve para transformar o CO² em monóxido de carbono (CO).
Os gases obtidos destas reações (CO e H²) passam pelo processo Fischer-Tropsch, que é usado para a produção de hidrocarbonetos líquidos, como gasolina, querosene, gasóleo e lubrificantes.
O calor resultante disso tudo é usado para criar mais vapor, o que – segundo a Sunfire – resulta em uma taxa de eficiência de 70%. A tecnologia foi instalada em uma plataforma especial capaz de reciclar cerca de 3,2 toneladas de dióxido de carbono e produzir um barril de combustível por dia. O combustível produzido não contém impurezas e ainda não é comercializado.
O CTO da empresa, Christian von Olshausen, acredita que a plataforma prova que existe viabilidade técnica para o uso da tecnologia em escala industrial. “A Sunfire aguarda o término da burocracia regulatória para dar a seus investidores um nível satisfatório de planejamento e, assim que isso ocorrer, vamos poder comercializar esta substituição de combustíveis fósseis”, explica.
A Sunfire planeja vender os componentes da tecnologia, mas isto só deve ocorrer em 2016. As peças ainda não tem preço definido, mas a construção da plataforma de testes custou pelo menos US$ 1 milhão (R$ 2,5 milhões).
Fonte: Tech tudo
 
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