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O vídeo de um violento treino de muay thai causou polêmica nas redes sociais e revolta entre os praticantes da modalidade. Nas imagens, o treinador de uma academia paulista agride os alunos, desferindo uma sequência de socos no rosto de homens e mulheres. Os atletas devem ficar parados e não podem esboçar nenhuma defesa.

Após o compartilhamento do vídeo, diversos lutadores profissionais repudiaram a atitude do treinador. O campeão dos pesos-leves do UFC, Rafael dos Anjos, classificou o ato como criminoso.

“Um sujeito desse tem que ser preso! Ele coloca a vida dos alunos em risco”, comentou o ‘Dos Anjos’ ao compartilhar o vídeo em seu perfil no twitter.

“Um sujeito desse tem que ser preso! Ele coloca a vida dos alunos em risco”, comentou o ‘Dos Anjos’ ao compartilhar o vídeo em seu perfil no twitter.
O lutador cearense Elinardo “Goiabinha”, campeão mundial de muay thai, também reprovou a ação do treinador. O cearense, que já participou de dois intercâmbios na Tailândia, berço da modalidade, comentou que este não é um treino padrão para o esporte.






 

“Creio que os treinadores que adotam esses treinos violentos não sabem o que estão fazendo. Não existe isso. Os alunos devem ficar sempre atentos e procurar saber qual o histórico das academias onde irão treinar”, ressaltou.

O autor do polêmico treinamento é o professor Fernando Nogueira, que justificou, em entrevista ao ‘UOL Esporte’, que este método é utilizado normalmente com atletas antes das lutas.

“Aquele tipo de treino não é inovador, é feito em partes da nossa equipe, mas não é feito frequentemente. É para os lutadores que estão a caminho de entrar em competição, com cerca de um mês para lutar. Eles sabem que está dentro dos padrões de treino e tiveram a possibilidade de fazer ou não. Mais de 60% não fez. Mas os 40% que quiseram fazer, fizeram. Jamais tive problema com alunos lesionados, ou coisa desse tipo. Foi um treino de nível alto, mas para quem está de fora pode assustar”, comentou Fernando.

Segundo o treinador, a cena foi gravada há cerca de dois meses e não deveria ter sido exposta. Ele defende que, como professor, sabe os limites em que pode trabalhar.

“Sei do limite dos meus alunos, aquilo é feito com cuidado. No vídeo, percebi que as pessoas estão dando muita ênfase em uma pessoa que está falando, como se estivesse narrando. Eu nem percebi na hora, estava focado em não machucar ninguém. Ali, todos estavam de protetor bucal, e eu evitei golpes na região do nariz e do queixo, que sei que causam lesões. Pode parecer que são socos extremamente fortes, mas é por isso que é um professor que fez. De fora, pode chocar, infelizmente”, completou.

O professor de artes marciais Munil Adriano, mestre de Fernando Nogueira, reprovou os métodos adotados por seu pupilo. “Eu abomino o vídeo, não é o tipo de treino que passo. O que se vê ali não é a minha metodologia de treino”, afirmou.

Fonte:diario do Nordeste

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