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Um total de 37 pessoas, entre crianças e pais, viveram segundos de pavor, quando o ônibus escolar desceu o barranco de uma estrada carroçável, num trecho da localidade de Lagoa do Barro, entre os distritos Aroeira e Ubauna, no município de Coreaú, no norte do Estado.
O veículo saiu da estrada a caminho da Escola Olindina Neres da Frota. O impacto foi tão forte que o pequeno Francisco Lucas Cavalcante Silva, de 3 anos, foi jogado para fora, pelo para-brisa, e morreu no local. Outros passageiros tiveram ferimentos leves e foram socorridos por pessoas que passavam pela estrada.
Péssimas condições
O ônibus de placas HVI 1708, com 45 lugares, que segue diariamente a rota entre as localidades de Tabuleiro, Mosquito, Visitação, Tapadinho e Lagoa do Barro, não tem condições mínimas de atendimento ao transporte de crianças. Nenhuma das cadeiras possui cinto de segurança, no veículo que não tem sequer indentificação como uso para o transporte escolar. Os pneus estão carecas e a lataria corroída pela ferrugem denuncia o desgaste pelo uso do veículo.
José Francisco da Rocha, pai de Lucas, estava na roça quando recebeu a notícia da morte do filho. Para ele, houve negligência, não somente por parte do motorista. “Esse foi o segundo acidente com esse ônibus, que não tem condições de levar nenhuma criança. Eu já tinha reclamado isso à diretora da escola onde meu filho estudava, e nada foi feito. A gente manda os filhos para a escola nesse tipo de carro, porque não tem outro. Para mim, o que fica é a dor. E de quem é a responsabilidade de colocar um carro desses na estrada?”, perguntou o pai, inconformado, enquanto seguia com a família rumo a Sobral para acompanhar, no IML, a liberação do corpo de Lucas, que será enterrado na manhã dessa sexta-feira, 20.
Procurada por nossa reportagem, a secretária de Educação de Coreaú, Sâmia Linhares não estava na secretaria, e nem tampouco atendeu ligações.
A reportagem completa, você acompanha na edição dessa sexta-feira, 20, no Jornal Diário do Nordeste.
O acidente foi por volta das 7h da manhã da última quinta-feira (19).
 Diário do Nordeste

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