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A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, localizada no cérebro.

Este hormônio é fundamental para regularizar o nosso relógio biológico e, assim, regular sono, fome e diversas funções no organismo.

Nos Estados Unidos e em muitos países europeus, a melatonina é comercializada como uma simples vitamina.

No Brasil, porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização da substância.

A melatonina é muito bem-sucedida no tratamento de insônia, sendo uma opção menos nociva que os medicamentos de tarja preta, pois não causa dependência.

Mas os benefícios da melatonina vão além.

Recentes estudos mostram que o hormônio proporciona outros benefícios: auxilia no emagrecimento, combate a depressão, o diabetes, controla a enxaqueca, retarda o envelhecimento e protege contra os danos do mal de Alzheimer.

E mais recentemente, estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) concluiu que a melatonina é eficaz no tratamento de câncer.

Esses pesquisadores implantaram células metastáticas, ou seja, células cancerosas com tendência a se propagarem pelo organismo, no dorso de alguns camundongos.

Depois, um grupo desses roedores foi tratado com placebo, enquanto o outro recebeu doses diárias de um miligrama de melatonina por 21 dias.

Ao término do período, os tumores dos animais que receberam o hormônio mediam metade do tamanho dos tumores dos camundongos que não foram tratados com a substância – a média de volume dos tumores dos animais que receberam melatonina foi de 144,89 milímetros cúbicos, enquanto a dos outros foi de 282,03 milímetros cúbicos.

A associação da deficiência de melatonina com o câncer não é novidade.


Há trabalhos científicos que relacionam o trabalho noturno com o aumento do risco do câncer de mama, pois a exposição à luz artificial à noite reduz a produção da melatonina.

Novas pesquisas estão sendo feitas para verificar se há diferença entre os níveis de melatonina entre as mulheres com câncer de mama e as mulheres saudáveis.

Há muito mais sobre a melatonina, pois a cada dia a ciência comprova os benefícios dessa substância.

No entanto, seu uso deve ser feito com critério.

No caso da melatonina sintética, a dose recomendada é de até 5 miligramas meia hora antes de dormir.

Mas o ideal é começar com muito menos e sob a supervisão de um médico bem-informado.

Além da suplementação com melatonina sintética, existe a com melatonina natural, encontrada em alguns alimentos.

Para nós, esta (a suplementação por alimentos) é a melhor e mais segura forma de absorver a substância.

Ela, porém, precisa ser feita de modo regular e constante.

A melatonina está presente em frutas e legumes como a cebola, a cereja e a banana; em cereais como o milho, a aveia e o arroz; em plantas aromáticas como a hortelã, a verbena, a salva e o tomilho; e no vinho tinto.

Mas, no caso do vinho tinto, cuidado com o excesso, pois o álcool em grande dose anula os benefícios.​

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