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O agente penitenciário Renilson Garcia Araújo Lima, de 27 anos, acusado de matar o modelo Johnny Moura, 22, em dezembro de 2015, pode ser colocado em liberdade nesta sexta-feira (3). A decisão é do juiz titular da 4ª Vara do Júri, Antônio Carlos Pinheiro Klein Filho. Renilson será levado a júri popular. De acordo com o advogado defesa, Delano Cruz, a decisão do juiz já foi publicada, no entanto a saída ainda não ocorreu devido a processos burocráticos. A expectativa, ainda segundo o advogado, é o que julgamento ocorra no próximo ano. Enquanto isso, o agente aguardará em liberdade.
Cronologia do caso - Em 27 de dezembro de 2015, por volta das 5h30, após festa realizada em buffet na Avenida Engenheiro Luís Vieira, no Bairro Dunas, em Fortaleza, o modelo Jhonny Moura foi morto pelo agente.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará, o acusado, que entrou no buffet com arma de fogo, se envolveu em uma briga com a vítima e foi contido por seguranças do local.
"Quando ele estava saindo com a namorada houve uma confusão. Ai ele foi tomar satisfação. Ele deu um murro nesse rapaz. E começou aquela confusão. Seguranças chegaram e apartaram a briga. Depois o Johnny saiu e foi para o carro com a namorada e quando ela estava dando uma ré para ir embora, Johnny abaixou um pouquinho o vidro e quando ele fez isso apareceu uma pessoa que puxou sua cabeça e efetuou o tiro”, afirmou a delegada Socorro Portela, coordenadora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e responsável pelo inquérito policial.
Já do lado de fora do estabelecimento, Renilson se aproximou do veículo em que Johnny estava e atirou na cabeça do modelo, que chegou a ser levado para o Hospital Instituto Dr. José Frota, no Centro de Fortaleza, mas não resistiu ao ferimento.
O agente penitenciário foi preso em flagrante no dia 29 de dezembro de 2015. Renilson Garcia Araújo foi detido em casa, no Bairro Antônio Bezerra, e não ofereceu resistência. Por ser agente penitenciário, ele tinha porte de arma, e entregou a pistola calibre 380 à polícia. "Ele confessou o crime. Disse que entrou na festa armado, mas não estava trabalhando, e que só olhou para a namorada do Johnny", contou a delegada.
Em 21 de janeiro, durante audiência de custódia, a juíza Adriana da Cruz Dantas converteu a prisão em preventiva. No dia 23 de fevereiro, o juiz Antônio Carlos Pinheiro Klein Filho, titular da 4ª Vara do Júri, recebeu a denúncia contra o réu.
Em abril, testemunhas e o acusado foram ouvidos na 4ª Vara do Júri DO Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.  Na audiência, presidida pelo juiz auxiliar da Comarca de Fortaleza Edson Feitosa dos Santos Filho, foram ouvidas seis testemunhas de defesa e oito de acusação.
*** G1-CE

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