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Tremor de magnitude 6,2 destruiu parte das cidades de Amatrice, Pescara del Tronto e Accumoli; primeiro-ministro decreta estado de emergência.

Chegou a 120 o número de mortos no terremoto de magnitude 6,2 que atingiu nesta quarta-feira (24) as cidades de Amatrice, Pescara del Tronto e Accumoli, na região central da Itália, afirmou o primeiro-ministro Matteo Renzi, que decretou estado de emergência no país. Mais de 100 tremores secundários foram sentidos no território italiano após o sismo, o que complicava o trabalho das equipes de resgate no final da tarde.

Centenas de pessoas seguiam presas entre os escombros mais de 12 horas após o terremoto, uma vez que prédios e casas desabaram quando boa parte dos moradores dormia, às 3h36 (horário local). O número de feridos chegou a 368. As equipes tinham dificuldades para caminhar pelas cidades devido aos escombros nas ruas. O tremor foi sentido inclusive na capital, Roma.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estima que o tremor teve seu epicentro em Norcia, localizada cerca de 170 quilômetros a nordeste de Roma. O Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo calculou a magnitude do tremor como um pouco mais baixa do que a do USGS, de 6,1.

Histórico de uma área vulnerável

A Itália é especialmente vulnerável a sismos como o ocorrido nesta quarta-feira pelo fato de ser localizada próxima à junção das placas tectônicas da África e da Eurásia – o que a leva a ser entrecortada por um emaranhado de falhas geológicas.

Em 1980, por exemplo, um tremor no sudoeste do país deixou mais de 2,5 mil mortos. Mais recentemente, em 2009, a região central do território italiano registrou mais de 300 vítimas de um outro sismo. No início do século passado, em 1908, as cidades de Messina e Regio de Calabria, ao sul do país, perderam mais de 120 mil moradores após um tremor de magnitude 7,2.

Assim, o novo desastre representa um desafio para o governo do primeiro-ministro Matteo Renzi demonstrar sua capacidade de responder de forma mais eficiente a tragédias do que fizeram outras autoridades no passado. Na Itália, comumente a reconstrução de cidades após desastres naturais, além das indenizações às vítimas, acontecem de forma lenta e ineficiente. Não raro escândalos de desvios surgem ao longo desses processos.

Áreas como as atingidas pelo terremoto são especialmente vulneráveis por serem construídas muito próximas umas das outras ou localizadas em zonas montanhosas.

Com Estadão Conteúdo

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