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A Polícia Civil do Ceará desarticulou uma quadrilha de estelionatários que aplicavam golpes em Fortaleza que renderam cerca de R$ 10 milhões. Dois homens e uma mulher foram presos e vários veículos foram apreendidos. Duas pessoas seguem foragidas.

Conforme Dionísio Amaral, titular do 2º DP, na Aldeota, em Fortaleza, as investigações referentes ao fato tiveram início acerca de um mês quando os policiais passaram a realizar diligências sobre a venda fraudulenta de um veículo troller. "A vítima nos procurou para relatar o fato, então passamos a investigar e descobrimos toda a trama criminosa", revelou o delegado. Ainda segundo ele, o grupo é envolvido em diversos esquemas criminosos, entre eles, uma empresa de blindagem, localizada no bairro Aerolândia, em nome de um agricultor falecido em 2010.

Foi preso Rogério Leitão dos Santos (39), que já responde por porte ilegal de arma de fogo, apontado nas investigações como o chefe da quadrilha. Ele foi capturado em uma residência localizada em um condomínio de luxo no município de Aquiraz, na Região Metropolitana. Também foram capturados Francisco Isaias Lima Luz (59) e Patrícia Alves de Oliveira Freitas (23), que já responde por ameaça. Eles foram presos em uma residência invadida, no bairro Sapiranga, pertencente à Caixa Econômica Federal.

Ainda segundo Dionísio, o grupo invadia casas que seriam leiloadas pela Caixa Econômica Federal e negociava os imóveis com vítimas, recebendo veículos, dinheiro e outros bens como pagamento. Além dos três presos, outras duas pessoas, um homem e uma mulher - companheira de Rogério -, estão com mandados de prisão em aberto. No total, foram apreendidos dois caminhões, uma patrol (um tipo de trator), seis veículos de luxo, além de uma arma calibre 38, documentos e computadores - que deverão passar por perícia.

Entre as investigações realizadas pela Polícia, um fato chamou a atenção dos agentes de segurança. Um dos golpes praticados por Rogério seria a utilização do nome de um agricultor falecido em 2010, para construir um grande patrimônio. Mesmo morto, o homem abriu uma empresa de blindagem, localizada na Rua Coronel Belo, na Aerolândia. Além disso, foram abertas contas bancárias em seu nome e diversos cheques foram repassados. Cheques esses, recebidos por outras vítimas.

O agricultor morto também era o responsável financeiro de duas crianças, filhas de Rogério, em uma escola particular de Fortaleza. Dois supermercados, na Capital e em Cascavel, também fazem parte do patrimônio adquirido em nome do agricultor.

Fonte: Cnews

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