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O Grêmio deu uma aula de futebol e conquistou nesta quarta-feira (29) o tricampeonato da Copa Libertadores, ao derrotar o Lanús, da Argentina, por 2 a 1, no Estádio Ciudad de Lanús, em Lanús, na grande Buenos Aires. O time gaúcho havia entrado com a vantagem de jogar pelo empate, após vencer o jogo de ida, em Porto Alegre, na semana passada. Sem se intimidar com os mais de 35 mil argentinos que lotaram o estádio, o time gaúcho mandou na partida e faturou seu terceiro título continental. Agora, o Grêmio será o representante da América do Sul no Mundial de Clubes da Fifa, que começa no próximo dia 6, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
O Grêmio ditou o ritmo do jogo desde o início. A fanática torcida do Lanús cantava forte até no aquecimento das equipes, tentando intimidar o time gaúcho. Mas após cinco minutos iniciais de muito estudo, os gremistas deram o primeiro susto nos argentinos, quando aos 9 minutos o atacante Fernandinho aproveitou uma boa troca de bolas na frente da área e chutou cruzado, para boa defesa de Andrada.
O Grêmio, na verdade, seguia aquilo que o próprio técnico Renato Gaúcho havia assegurado na véspera: mesmo jogando com a vantagem do empate, após a vitória na partida de ida por 1 a 0, na semana passada, ele dizia que a melhor defesa era o ataque. Aos 14 minutos, o ataque gremista colocou a defesa do Lanús na roda e após receber uma bela bola de Arthur, Barrios chutou forte, porém distante do gol de Andrada.

O jogo mais consciente do Grêmio acabou desestabilizando o Lanús. E foi numa falha incrível da defesa que saiu o gol. Ao tentar recuar uma bola, a defesa argentina entregou de bandeja para Fernandinho, que numa arrancada desde o meio-campo, deixou os marcadores na saudade e tocou na saída de Andrada para fazer 1 a 0.
O gol abalou demais o time argentino, que buscava a reação de forma atrapalhada. Para piorar, nem mesmo aproveitavam quando as chances apareciam. Foi o que aconteceu aos 29, quando Velázquez cobrou uma falta de forma magistral, mas o goleiro gremista Marcelo Grohe voou no ângulo e fez uma defesa milagrosa. Outro susto ocorreu aos 39, quando após a bola bater em Bressan, o volante Martinez bateu de primeira, mas a bola passou longe do gol do time gaúcho.
A pá de cal na primeira etapa veio aos 41 minutos. Luan recebeu na esquerda livre de marcação, invadiu a área com incrível facilidade e sem ser parado por nenhum argentino, deu um toquinho de cobertura na saída do goleiro, marcando o segundo do Grêmio. Os 35 mil argentinos presentes em La Fortaleza, como é conhecido o estádio Ciudad de Lanús, assistiam calados à festa dos cinco mil gremistas, que mal acreditavam no que presenciavam. No banco, Renato Gaúcho via cada vez mais mais perto o sonho de se tornar o primeiro brasileiro campeão da Libertadores como jogador e como técnico.
O segundo tempo começou com o Lanús tentando encontrar forças para ainda sonhar com uma reação improvável. A tentativa de pressão, contudo, esbarrava na fortíssima defesa gremista, com a dupla Geromel-Bressan não deixando passar quase nada. Restava aos argentinos sonhar com um gol nas bolas paradas, como aos 19 minutos, quando Pasquini cobrou uma falta na área mas Grohe defendeu com tranquilidade.
A esperança para o Lanús apareceu aos 25 minutos, quando Jaílson derrubou Acosta na área. Pênalti marcado pelo árbitro e convertido por Sand. Os argentinos aumentaram a pressão e o que estava fácil para o Grêmio começou a ganhar ares dr drama, com a contusão de Bressan, aos 36 minutos. Um minuto depois, o drama aumentou: após exagerar na reclamação, Ramiro acabou sendo expulso pelo paraguaio Enrique Cáceres.
Mesmo com a pressão argentina, o Grêmio seguia controlando a partida, inclusive perdendo um gol incrível com Luan, aos 41 minutos. Bastou deixar a bola tocar até esperar o apito final. O Grêmio voltava a conquistar a América.
*** Informações com Revista Veja

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