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Uma força-tarefa composta por policiais federais e integrantes da Força Nacional de Segurança Pública chegou a Fortaleza na madrugada desta segunda-feira (19). O envio foi determinado pelo presidente Michel Temer após a polícia ter encontrado o corpo de um dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, em Aquiraz, na Grande Fortaleza.

Integrado por 36 homens, sendo 26 da Polícia Federal e 10 da Força Nacional de Segurança Pública, o grupo será chefiado pelo almirante Alexandre Mota, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Segundo o Ministério da Justiça, o objetivo é reforçar as operações conjuntas de inteligência "diante dos últimos acontecimentos", e "dar apoio técnico às forças de segurança estaduais nas ações de combate ao crime organizado".

Antes do desembarque da força-tarefa em Fortaleza, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, descartou uma intervenção federal no estado. "Não haverá nenhum tipo de intervenção nas polícias", afirmou o ministro.

Ao lado do corpo de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, foi encontrado e já identificado o corpo de Fabiano Alves de Souza, conhecido como Paca. De acordo com o procurador de Justiça, Marcio Sérgio Christino, os dois eram foragidos da Justiça de São Paulo e líderes da facção criminosa.

As duas principais suspeitas da polícia para as mortes são execução por facção rival ou retaliação do próprio PCC. Eles foram mortos com tiro no rosto e facada no olho.
Rogério Jeremias de Simone era considerado pelo Ministério Público de São Paulo o número 3 na escala de chefia do PCC. Havia a suspeita de que ele estivesse controlando o tráfico de drogas no Paraguai.

Em abril do ano passado, ele foi condenado a 47 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada. Gegê do Mangue foi liberado antes de seu julgamento após a Justiça entender que houve excesso de prazo para ele ser julgado.
Após a sua liberação, não se apresentou mais às autoridades e faltou ao próprio julgamento. Como não foi localizado, passou a ser considerado foragido da Justiça. Sua prisão preventiva chegou a ser decretada.

Para a fixação da pena, o juiz levou em consideração, entre outros fatores, os antecedentes criminais do acusado, sua conduta social e personalidade voltada a práticas delituosas.
A casa de forró era frequentada por membros do Comando Vermelho (CV), disseram um policial militar e moradores do bairro ao G1; o ataque é atribuído pelas mesmas pessoas aos Guardiões do Estado (GDE), uma facção local.

G1

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