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Durante a habitual missa dominical no município de Hobbs, localizado no estado do Novo México (EUA , em 20 de maio, uma estátua de bronze da Virgem Maria começou a expelir um líquido transparente pelos olhos. Os devotos que acompanharam o episódio na Igreja Católica Nossa Senhora de Guadalupe disseram que as lágrimas tinham aroma de flores.
Além de despertar a curiosidade dos crentes, a desconfiança dos céticos e chamar atenção do Vaticano, que promete investigar o caso afim de provar a origem do evento, o assunto ganhou destaque em jornais e emissoras da Europa e dos Estados Unidos.
Laura Cisneros, funcionária da igreja, conta à emissora KOB4 ter notado algo estranho nos olhos da estátua.
Ao questionar o marido sobre a chance de a Virgem estar vertendo líquido pelo local, recorda que durante a missa daquele domingo ele se manteve cético. Acreditava que a luminosidade da igreja havia gerado o efeito.
Contudo, após o término da cerimônia o casal se aproximou da figura e notou uma poça semelhante a substância oleosa, no chão. Naquele momento, outra pessoa enxugou as ‘lágrimas’ da santa. Porém, elas continuaram aparecendo.
Embora impossível provar se tratar de milagre, Laura demonstra entusiasmo ao comentar o episódio. “E quando você sente o cheiro, dá um aroma a flores, como se fosse uma essência tão doce e cheira muito bem. E nos lembra da nossa Virgem Maria”, fala.
Apesar da euforia dos mais devotos, membros da Igreja Católica tratam o assunto com discrição. Conforme o vice-chanceler da diocese de Las Cruces, diácono Jim Winder, esse tipo de fenômeno é recebido com cautela pela Santa Sé.
“Tentamos manter um ceticismo científico. Você não pode provar um milagre, mas pode refutar todas as outras explicações”, declara à KOB4.
A investigação
O religioso, que na última quinta-feira (24) fechou a igreja das 11h às 16h e também levou uma equipe para investigar a imagem, revela o protocolo usado pelo Vaticano nesse tipo de situação, que pode levar meses para ser concluído.
“Existem três níveis na investigação. O primeiro é coletar amostras da substância e analisá-las em um laboratório para identificar o que é a substância e se há algum DNA nela. A equipe tem que coletar amostras por conta própria, eles não podem confiar em amostras tiradas por outra pessoa que poderia ter sido corrompida de alguma maneira", enfatiza o vigário.
O segundo passo tem objetivo de investigar a procedência do objeto. “Onde a estátua foi feita poderia ajudar a descobrir os materiais exatos utilizados.Outra possibilidade é talvez usar um raio-X para descobrir se há algum tubo dentro da estátua que possa ter liberado a substância”, avalia.
A última parte do processo consiste em entrevistar as testemunhas e documentar as experiências vivenciadas por elas.
Fabricante da estátua comenta o caso
Ricardo Flores Kastanis, responsável pela confecção da peça exposta na Igreja Católica Nossa Senhora de Guadalupe, diz ao jornal britânico Daily Star que não tem explicação para o aparente milagre.
Kastanis, dono de uma empresa voltada à fabricação de imagens de atletas, líderes políticos entre outras figuras religiosas, salienta que isso nunca aconteceu antes. Conforme o empresário não há explicação para as lágrimas da Virgem Maria porque a estátua é feita de bronze, e essa liga metálica não retém líquidos.
“Tecnicamente, é claro, o metal não retém a água. Se você vê meu lado católico, é claro que é lindo. Mas se você vê o lado técnico, não há explicação que eu possa encontrar. Isso é completamente algo que eu nunca vi antes", conclui.
Talvez a anomalia seja real. Contudo, qual é o sentido disso?
***** Informações com: Blastingnews

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