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Um homem foi preso, na manhã de ontem (06), em Juazeiro do Norte, acusado de estuprar a própria enteada, que na época tinha 10 anos de idade. O acusado, que confessou o crime, também molestava a irmã caçula, de 9 anos. Ele também admitiu que é paciente soropositivo e manteve relações sexuais com a criança mais velha por duas vezes. Outro suspeito, que é companheiro da avó das meninas, se encontra foragido.

Em depoimento à Polícia Civil, a mãe das crianças contou que os assédios aconteciam desde agosto do ano passado e só foi descoberto, um ano depois, quando teve uma conversa com as filhas sobre “pecado” e catecismo. Foi aí que as meninas contaram que o padrasto e o companheiro da avó as beijavam e as acariciavam, inclusive tocando em seus órgãos genitais. “Esses crimes aconteciam quando elas estavam na casa da avó, de dia, ou a noite, quando ficavam sozinhas com o padrasto, enquanto a mãe trabalhava”, conta a Delegada Deborah Gurgel, titular da Delegacia da Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte.

O homem admitiu que teve relações sexuais com a filha mais velha de sua companheira, que hoje tem 11 anos. “Ele disse que foram dois atos e alegou que usou preservativo”, conta a Delegada. Contudo, a criança disse que aconteceu várias vezes, até mesmo sem perceber, pois, teria o sono pesado. O exame de corpo de delito constatou a ruptura himenal.

A Polícia Civil instaurou o inquérito policial em agosto, quando a família descobriu que o companheiro da avó estava abusando das meninas. No mês seguinte, a mãe descobriu que seu companheiro também abusava de suas filhas. O mandato de prisão preventiva contra os dois suspeitos foi expedido no mês de outubro. “Quando tomamos conhecimento dos fatos, nós, imediatamente, representamos pela prisão preventiva dos dois”, conta a delegada.

O padrasto foi localizado na manhã de ontem, em uma igreja evangélica no bairro Pedrinhas, em Juazeiro do Norte. Ele já tinha sido preso em flagrante por crime de ameaça. O companheiro da avó segue foragido. Os dois foram indiciados por estupro de vulnerável, com aumento de pena por conta da relação familiar que existia com as vítimas. Já as crianças, foram encaminhadas para o Hospital São Lucas, onde foram examinadas e estão sob cuidados da mãe.

Fonte: Diário do Nordeste

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