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A Polícia Federal afirmou nesta quinta-feira (4) que o incêndio que destruiu o Museu Nacional teve início em um dos aparelhos de ar condicionado localizados no auditório térreo do prédio de três andares. Entretanto, não esclareceu se houve ação culposa (negligência) ou dolosa (criminosa, com intenção de provocar danos).
 
 
Antes de apresentar o laudo à imprensa nesta manhã, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, adiantou que não seria respondida à pergunta se houve ação criminosa no incêndio. Segundo ele, a investigação ainda está em curso e não há data prevista para divulgação da conclusão do inquérito.
 
 
Os detalhes do trabalho pericial foram apresentados pelo delegado responsável pela investigação, Paulo Telles, e três peritos – um especialista em audiovisual, outro em incêndios e outro em eletricidade.
 
 
A primeira etapa da investigação se concentrou em identificar onde teve início o fogo que consumiu o prédio. O primeiro passo foi registrar imagens do museu imediatamente após controladas as chamas. "Foram feitas centenas e centenas de imagens", destacou o perito José Rocha, especialista em audiovisual.
 
 
Rocha explicou que havia riscos para o trabalho dos peritos, e registrar a situação do prédio era fundamental, pois havia ameaça de colapso do prédio, dificultando ainda mais as análises.
 
 
Incêndio destruiu grande parte do acervo
 
O incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional começou por volta das 19h30 do domingo, 2 de setembro, e só foi controlado no fim da madrugada de segunda-feira (3). Mas pequenos focos de fogo seguiam queimando partes das instalações da instituição que completou 200 anos em 2018 e foi residência de um rei e dois imperadores.
 
 
A maior parte do acervo, de cerca de 20 milhões de itens, foi totalmente destruída. Fósseis, múmias, registros históricos e obras de arte viraram cinzas. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade.
G1

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