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Em um discurso inflamado na manhã desta quinta-feira, 28, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não teremos outro dia igual a ontem”, data em que a Polícia Federal realizou operação ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news. “Acabou, porra”, disse o presidente aos berros. A declaração de Bolsonaro foi recheada de contradições. Ao mesmo tempo em que se disse aberto ao diálogo com os demais Poderes, disse que basta de ações como a que atingiu seus apoiadores. Na fala, assim como prega a democracia e a liberdade de expressão, Bolsonaro manda os jornalistas se calarem.

“Mais um dia triste na nossa história, mas o povo tenha certeza de que foi o último dia triste. Nós queremos a paz, harmonia, independência e respeito. Democracia acima de tudo. A liberdade de expressão é algo sagrado entre vocês (jornalistas) e também entre a mídia alternativa”, disse o presidente. Segundo ele, o inquérito das fake news foi criado com base em um “factoide”. “Inventaram o nome gabinete do ódio. Alguns acreditaram e outros foram além: abriram processo no tocante a isso. Não pode um processo começar em cima de um factoide, em cima de uma fake news. Respeitamos os demais Poderes, mas não abrimos mão que nos respeitem também”, cobrou.

“Acabou. Não da para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais”, disse o presidente, que calou os jornalistas que tentaram fazer perguntas. Bolsonaro afirmou que o objetivo da ação do STF é “atingir” quem o apoia. Segundo o presidente, ontem, o Planalto trabalhou o dia todo para resolver questões referentes à ação da PF. “A liberdade de expressão é sagrada. Me coloco no lugar de todos aqueles que tiveram a sua propriedade privada invadida na madrugada. Me coloco no lugar deles, eu, minha esposa e duas filhas, tendo a Polícia Federal batendo na minha porta”, disse.

BR Político

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