Durante sua tradicional live, o presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom, confrontando Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Novamente, o grande ponto entre o STF e o presidente da República é a possibilidade do Congresso aprovar o voto impresso. Em resposta às últimas declarações do magistrado sobre tema, o presidente votou a dizer que, caso o Congresso aprove o voto impresso, o Brasil o terá e ponto final.
Bolsonaro ainda disse que tem convicção de que há fraudes nas urnas eletrônicas. Aproveitando o ensejo, também deixou subentendido que poderá agir para que o voto impresso seja adotado no Brasil caso passe pelo crivo do Congresso.
“Agora, eu sou obrigado a agir. Eu respeito a democracia. Eu respeito a Constituição. Tem gente que não respeita aqui no Brasil. Eu vi o ministro Barroso falando o quê? ‘Se o Congresso aprovar uma lei’ — Não é lei, Barroso. É uma proposta de emenda à Constituição. Não é lei. É uma proposta de emenda à Constituição. Na Câmara, são 308 [votos de deputados] no mínimo; no Senado, se eu não me engano, são 49 a 51 [votos de senadores]. Se um quorum qualificado desses, de deputados e senadores, aprovar a PEC e depois, numa sessão especial, promulgar a PEC, o Barroso disse que, se for judicializado, nós teremos voto eletrônico. Não, Barroso! Não! Se promulgar, teremos eleições, sim, com o voto auditável. E ponto final”, disse o presidente.
Na sua fala durante a live, o presidente ainda acusou Barroso de ter posições ideológicas supostamente contrárias a maioria dos brasileiros. Ele citou a liminar do ministro que suspende a desocupação de propriedades e impede o despejo de locatários durante a pandemia. A medida tem validade de 6 meses.
(Folha da República)
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