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Foto: Lenox Hill Hospital
Foto: Lenox Hill Hospital

A vida de Tucker Marr mudou para sempre em outubro passado. Ele estava a caminho de uma recepção de casamento quando caiu de um lance íngreme de escada de metal, batendo o lado direito da cabeça com tanta força que entrou em coma.

Ele fraturou o crânio e um grande coágulo de sangue se formou no lado esquerdo da cabeça. Os cirurgiões tiveram que remover um grande pedaço do crânio para aliviar a pressão no cérebro e remover o coágulo. "Retirar um pedaço do meu crânio foi uma loucura para mim. Quase senti como se tivesse perdido um pedaço de mim", conta Marr. Mas o que lhe pareceu ainda mais maluco foi a forma como aquela peça foi restaurada.

Marr, analista de 27 anos da Deloitte, se tornou parte de um novo desenvolvimento na neurocirurgia. Em vez de ficar sem um pedaço de crânio ou recolocar o osso antigo, procedimento caro e com alto índice de infecção, ele conseguiu uma prótese de crânio feita em impressora 3D. Mas não é a prótese típica utilizada nesses casos. Sua prótese, que é coberta por sua pele, possui uma janela de acrílico embutida que permitiria aos médicos examinar seu cérebro por meio de ultrassom.

Alguns centros médicos estão oferecendo essas janelas de acrílico para pacientes que tiveram que remover um pedaço do crânio para tratar doenças como lesão cerebral, tumor, sangramento cerebral ou hidrocefalia. “É muito legal”, afirma o radiologista Michael Lev, diretor de radiologia de emergência do Massachusetts General Hospital. Mas “ainda é cedo”, acrescentou.

Os defensores da técnica dizem que se um paciente com essa janela tiver dor de cabeça ou convulsão ou precisar de um exame para ver se um tumor está crescendo, o médico pode deslizar uma sonda de ultrassom na cabeça do paciente e observar o cérebro no consultório. Dessa forma, o paciente pode evitar tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas dispendiosas, demoradas e onerosas. Em vez de esperar que um radiologista leia o exame, um paciente e um médico podem saber imediatamente como é o cérebro do paciente.

Na tentativa de avaliar as janelas, Luciano publicou recentemente um estudo com 37 pacientes que tiveram as janelas colocadas em seus crânios, em comparação com um grupo maior de pacientes semelhantes do ano anterior ao desenvolvimento do método. O desafio agora, explica ele, "é melhorar as imagens dos exames de ultrassom e quantificar o que elas mostram", assim como monitorar sua segurança por vários anos.

Fonte: The New York Times

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