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Regina Lúcia Amorim foi apontada pela Polícia Civil como mandante da morte da advogada Danielle Ximenes

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) colocou em liberdade a escrivã de Polícia Civil, Regina Lúcia de Amorim Gomes, acusada de ser a mandante de um crime de pistolagem ocorrido em junho do ano passado. A vítima do assassinato de ´encomenda´ foi a advogada Maria Danielle Ximenes, atingida, a tiros de pistola, dentro do seu próprio escritório, situado na Cidade dos Funcionários.



O TJCE, através da sua Segunda Câmara Criminal, considerou que a escrivã, estando em liberdade, não oferece nenhum risco à ordem pública. Além disso, considerou que desde o momento em que teve a prisão preventiva decretada e foi mandada para a cadeia, Regina não foi convocada pela Justiça - através do Juízo Criminal - para prestar esclarecimentos. E mais, que ao saber que tivera a prisão decretada, a escrivã se apresentara espontaneamente.

A decisão foi tomada de forma unânime pelos três integrantes da Segunda Câmara Criminal, os desembargadores João Byron de Figueiredo Frota, Francisca Adelineide Viana e Francisco Gomes de Moura. O Ministério Público, através da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), dera parecer favorável à concessão da liberdade à ré, através da revogação da preventiva.

O crime

O pedido de libertação da escrivã havia sido impetrado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Ceará (Sinpoci), através do advogado Afonso Belarmino, representante jurídico da entidade. Desde outubro de 2012, Regina estava atrás das grades. Conforme as investigações da própria Polícia Civil, Regina Lúcia de Amorim teria mandado matar a advogada Danielle Ximenes por conta de uma pendência judicial que tramita há anos na Justiça local.

Havia várias ações judiciais em que a escrivã requeria bens de um homem com quem teria vivido maritalmente e a advogada Danielle Ximenes atuava pela outra parte, tornando-se um ´obstáculo´ para as pretensões financeiras e judiciais da acusada Conforme as investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Regina Lúcia contratou um homem para eliminar a advogada. O pistoleiro foi identificado como o amazonense Carlos Cley Rebouças Rocha.

"A verdade, é que a Regina queria amealhar todos os bens do homem e Danielle participou de todas as ações judiciais, e virou uma ´pedra no sapato´ dela", disse, na época, o delegado Rodrigues Júnior, diretor da DHPP.

FERNANDO RIBEIRO/ EDITOR
FONTE: DN

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