Padrasto de Joaquim se depara com cartazes com mensagens de repúdio ao crime, afixados no portão de sua residência. (Foto: Alfredo Risk / Futura Press)
A Polícia Civil realizou na tarde desta sexta-feira a reconstituição da morte do menino Joaquim Marques Pontes, 3 anos, em Ribeirão Preto, a 313 quilômetros de São Paulo. Houve um princípio de tumulto quando um grupo de pessoas passou a hostilizar o padrasto de Joaquim, Guilherme Longo, único suspeito a participar da reconstituição - a mãe do menino, Natália Ponte, que também está presa, não esteve presente.

Segundo o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pela investigação, um grupo grande de moradores acompanhou os trabalhos no perímetro da casa. A Polícia Militar reforçou o efetivo para evitar tumultos. De acordo com o delegado, Guilherme "não se mostrou abalado" com o fato da população estar protestando contra ele.

A reconstituição durou cerca de duas horas e meia e, segundo Castro, foi "satisfatória". "Foi favorável do ponto de vista da polícia, foi satisfatório", disse. "Ele (Guilherme) já havia prestado declarações, que confrontamos hoje. Ele também acabou dando outros detalhes que passaram despercebidos nos depoimentos."

"Pudemos confrontar algumas provas e isso nos ajudou bastante para esclarecer algumas coisas", disse o delegado, que explicou que um boneco foi usado para representar Joaquim e uma investigadora fez o papel de Natália. "A princípio, não vimos necessidade de colocar ela na reconstituição", afirmou.

A polícia aguarda agora o laudo sobre o exame de sangue e vísceras do menino. "Vamos prosseguir umas diligências e vamos aguardar os laudos. Também vamos ouvir umas pessoas mais na parte técnica", disse Castro.

O delegado também falou sobre a mensagem de texto que o padrasto enviou a Natália na qual cita uma apólice de seguro. Segundo Castro, seria um seguro automotivo. "Não há indícios de que seja um seguro feito em nome do Joaquim."

Fonte: Terra 
 
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