Fenômeno teria sido causado por micro-organismo e não oferece risco à vida humana ou marinha

Não é o fim do mundo, nem muito menos algum desastre ecológico. A mancha vermelha que assustou quem passou pela praia das Goiabeiras, no Ceará, no final do mês de outubro, não tem nada de mortífero, esclarece o Laboratório de Plâncton do Labomar, da Universidade Federal do Ceará (UFC). "A princípio não há risco algum para a população ou para os demais organismos marinhos habitantes desta área", afirma o laboratório.
Mar vermelho assustou moradores. FOTO: DIVULGAÇÃO/VALBER FIRMINO
Foram colhidas amostras da água do local onde apareceu a mancha pela especialista Drª Maria Odete Parente Moreira. Após análises, ficou constatado que um microorganismo seria o responsável pelo fenômeno. "A mancha nada tem a ver com previsões de fim do mundo ou qualquer evento de poluição além dos normais que já é sabido existir na região. Assim, podemos afirmar que houve um florescimento de um microorganismo, provocado provavelmente por acúmulo de nutrientes na água e uma consequente retenção destes junto ao espigão da praia das Goiabeiras", afirmou o Labomar, em nota.
Para o laboratório, é necessária uma parceria com os órgãos que monitoram as praias para poder acompanhar a situação da praia com mais rapidez no diagnóstico de ocorrências semelhantes. "O ideal seria que os órgãos que fazem o monitoramento sistemático das praias ficassem atentos para a possível ocorrência de novas manchas como esta e, caso ocorram, coletem e nos encaminhem amostras de água o mais rapidamente possível para que possamos investigar o micro-organismo causador", frisa.  
Imagens da mancha causou pânico nas redes sociais
As imagens da mancha vermelha na praia das Goiabeiras gerou polêmica nas redes sociais. O perfil no Facebook do fã-clube de uma cantora gospel compartilhou uma foto da praia, afirmando que se tratava "de um sinal do fim do mundo". A imagem apocalíptica ganhou mais de 100 mil compartilhamentos.
Fonte: Diário do Nordeste
 
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