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Um filme caseiro, gravado na década de 1980 por Jorge Negromonte e Isabel Cristina, mostrava uma mulher sendo atacada pelo marido canibal. 20 anos depois, o casal se tornou protagonista de uma outra história de horror, só que dessa vez real. Os dois, juntos com Bruna Oliveira, mataram, esquartejaram e comeram a carne de três mulheres. O caso virou notícia no mundo inteiro e eles ficaram conhecidos como os "Canibais de Garanhuns" Jorge tem 54 anos e está preso na penitenciária na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, há um ano. Ele diz que sofre transtornos psiquiátricos e alucinações frequentes. O Repórter Record Investigação mostrou nesta quinta-feira (5) a entrevista exclusiva que teve com Jorge e sua comparsa Bruna, oito anos depois do crime brutal. A primeira vítima dos canibais foi Jéssica da Silva Pereira. Em 2008, ela trabalhava para Jorge como doméstica quando desapareceu. Tinha apenas 17 e já era mãe. Segundo a Justiça, ela foi assassinada na casa de Jorge, em Olinda, na Grande Recife. Ele diz que não se lembra do dia do crime e alega que teve um surto. Mas o programa teve acesso, com exclusividade, ao depoimento dele na Justiça. Em audiência, Jorge confessa ter desferido o golpe fatal. Bruna dá a sua versão sobre a morte de Jéssica. Ela está no presídio feminino de Buíque, também no interior do estado, e admite ter participado do crime e acusa Jorge de tê-la matado.— Ele pegou uma faca e acertou na jugular dela e começou a espirrar sangue. Quando eu olhei pra trás, Jéssica já estava agonizando. Comecei a segurar a vítima, mas não aguentei, por nervoso. Foi muito pesado e eu desmaiei. Jorge esquartejou o corpo, separou pedaços e enterrou os restos no quintal da casa. Depois, ele, Bruna e Isabel fizeram um banquete macabro com a carne humana. Bruna diz que eles comeram a carne por três dias e que tinha gosto de boi. Depois da morte, Jorge ficou com a filha de Jéssica, que na época tinha um ano e meio. Ele e a mulher pretendiam criar a menina. O casal convenceu a mãe com o argumento de que nada faltaria à criança. Ele chegou até a registrar a menina em seu nome, mas Jéssica mudou de ideia e ameaçou fugir. Não teve tempo e foi morta. A menina passou, então, a ter o nome do assassino como pai na certidão de nascimento. Jorge também obrigou a comparsa, Bruna, a mudar de nome e assumir a identidade de Jéssica. Com os documentos falsos, a “nova família", formada por Jorge, Isabel, Bruna e a criança, fugiram de Olinda. O trio passou a viver na periferia de Garanhuns, cidade no agreste pernambucano, a 230 km de Olinda e com 112 mil habitantes. Foi lá que eles teriam assassinado a segunda mulher: Gisele Helena da Silva, de 31 anos. Ela foi convidada a visitar a casa dos canibais para supostamente ajudar na educação da menina. Bruna afirma que o ritual que havia matado a primeira vítima, se repetia mais uma vez. Os restos mortais foram enterrados na casa, em abril de 2012. Duas semanas depois da morte de Gisele, outra vítima já estava na mira dos canibais. Era Alessandra Falcão da Silva, 20 anos. Ela tinha recebido uma proposta para trabalhar como babá, mas foi morta antes mesmo de terminar o primeiro dia de trabalho. A vítima teve o corpo esquartejado e a carne consumida. Segundo o Ministério Público, os canibais planejavam matar outras mulheres. A próxima seria Pamela Costa, que na época tinha 17 anos. Bruna confessou que já havia um buraco no quintal da casa para enterrá-la. Jorge pode não se lembrar hoje do que fez, mas nos últimos anos transformou os assassinatos e alucinações em desenhos aterrorizantes. Em 2012, escreveu um livro: Confissões de um Esquizofrênico. Nas páginas, descrevia os atos de canibalismo que lembravam a morte de Gisele, Alessandra e Jéssica. Jéssica, a primeira vítima, é citada como uma adolescente do mal em alguns capítulos. Segundo Jorge, todos se alimentaram da carne, como se fosse um ritual de purificação. Em depoimento, ele confirmou que escreveu o livro baseado na morte de Jéssica. Em 2012, Jorge, Isabel e Bruna foram presos. Eles confessaram os três crimes. Por enquanto, só foram julgados e condenados pela morte de Jéssica.Em depoimento na delegacia, Isabel revelou detalhes ainda mais assustadores, que provocaram revolta em Garanhuns. Ela contou que fez coxinhas e empadas com a carne de Gisele e Alessandra e vendeu na cidade
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*****R7

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