Matéria publicada no jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (5) revela a quanto anda o estado de precariedade no setor da Segurança Pública no Brasil por conta da crise econômica. Sem meios de conter a crescente violência, e sem lastro financeiro para aparelhar devidamente suas polícias militares, os Estados vêem suas corporações sucumbirem e apelam para o emprego da Força Nacional de Segurança (FNS).
No ranking dos estados onde a FNS já passou – ou está atuando – e onde as taxas de homicídios são as piores do País, o Ceará surge em segundo lugar, perdendo apenas para Alagoas. O Estado apresenta um índice de 52,2 mortos por cada grupo de 100 mil habitantes. Em Alagoas, são 63. Depois, em terceiro lugar, aparece outro estado nordestino, o Rio Grande do Norte, com taxa de 46,2 mortos por cada 100 mil habitantes.
Nos últimos meses, a onda de assassinatos no Ceará voltou a crescer, muito embora o Governo tente emplacar junto à população um quadro diferente, com estatísticas maquiadas e omissas. Somente no mês de agosto, cerca de 300 pessoas foram mortas no Estado, numa média de 10 homicídios/dia. Somente em Fortaleza, foram mais de uma centena de execuções sumárias, entre homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte.
Para tentar aplacar a estatística nebulosa, o governo do Ceará determinou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) que deixem de fora dos balanços mensais os casos de assassinatos que acontecem dentro dos presídios e aqueles em que pessoas morrem em confronto com a Polícia. Neste último caso, sob a esdrúxula afirmação de que “as mortes decorrentes de intervenção policial não são consideradas intencionais, pois possuem excludente de ilicitude”, muito embora os casos sequer tenham sido julgados pela Justiça (Militar), a quem cabe apurar e julgar. Ainda assim, tais crime são excluídos dos números reais da criminalidade.
Sucateamento - Além do sucateamento, as polícias militares passam por momento de desânimo por conta da falta de dinheiro nos cofres dos governos estaduais que possam possibilitar aumento de salários.
No Ceará, não é diferente. A proposta de aumentar o soldo dos militares esbarra na falta de caixa. A tal proposta de conceder a “Média do Nordeste” já está há meses sendo motivo de reuniões e reuniões entre representantes do Palácio da Abolição e das associações que congregam PMs e bombeiros.
Prestes a concluir seu segundo ano de mandato, o governador petista Camilo Santana tenta “empurrar com a barriga” o assunto, apostando na paciência dos policiais. Em troca, inaugura todos os meses novos grupamentos do Batalhão Raio (BPRaio) no Interior do Estado, com policiais que foram tirados dos efetivos do Policiamento Ostensivo Geral (POG) e do Ronda do Quarteirão. Tenta assim, passar falsamente para a população a sensação de que o contingente em tais cidades está sendo reforçado, o que não é verdadeiro.
*** Informações com Fernando Ribeiro
No ranking dos estados onde a FNS já passou – ou está atuando – e onde as taxas de homicídios são as piores do País, o Ceará surge em segundo lugar, perdendo apenas para Alagoas. O Estado apresenta um índice de 52,2 mortos por cada grupo de 100 mil habitantes. Em Alagoas, são 63. Depois, em terceiro lugar, aparece outro estado nordestino, o Rio Grande do Norte, com taxa de 46,2 mortos por cada 100 mil habitantes.
Nos últimos meses, a onda de assassinatos no Ceará voltou a crescer, muito embora o Governo tente emplacar junto à população um quadro diferente, com estatísticas maquiadas e omissas. Somente no mês de agosto, cerca de 300 pessoas foram mortas no Estado, numa média de 10 homicídios/dia. Somente em Fortaleza, foram mais de uma centena de execuções sumárias, entre homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte.
Para tentar aplacar a estatística nebulosa, o governo do Ceará determinou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) que deixem de fora dos balanços mensais os casos de assassinatos que acontecem dentro dos presídios e aqueles em que pessoas morrem em confronto com a Polícia. Neste último caso, sob a esdrúxula afirmação de que “as mortes decorrentes de intervenção policial não são consideradas intencionais, pois possuem excludente de ilicitude”, muito embora os casos sequer tenham sido julgados pela Justiça (Militar), a quem cabe apurar e julgar. Ainda assim, tais crime são excluídos dos números reais da criminalidade.
Sucateamento - Além do sucateamento, as polícias militares passam por momento de desânimo por conta da falta de dinheiro nos cofres dos governos estaduais que possam possibilitar aumento de salários.
No Ceará, não é diferente. A proposta de aumentar o soldo dos militares esbarra na falta de caixa. A tal proposta de conceder a “Média do Nordeste” já está há meses sendo motivo de reuniões e reuniões entre representantes do Palácio da Abolição e das associações que congregam PMs e bombeiros.
Prestes a concluir seu segundo ano de mandato, o governador petista Camilo Santana tenta “empurrar com a barriga” o assunto, apostando na paciência dos policiais. Em troca, inaugura todos os meses novos grupamentos do Batalhão Raio (BPRaio) no Interior do Estado, com policiais que foram tirados dos efetivos do Policiamento Ostensivo Geral (POG) e do Ronda do Quarteirão. Tenta assim, passar falsamente para a população a sensação de que o contingente em tais cidades está sendo reforçado, o que não é verdadeiro.
*** Informações com Fernando Ribeiro
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