Em entrevista ao SBT, modelo que denunciou Neymar por estupro lançou suspeitas sobre a investigação: 'Polícia está comprada, né? Ou estou louca?'
A Polícia Civil de São Paulo registrou, na última terça-feira (11), um boletim de ocorrência por difamação contra a modelo Najila Trindade Mendes de Souza, de 26 anos, por declarações feitas em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do Programa Conexão Repórter, do SBT, nas quais lança dúvidas sobre a idoneidade da instituição devido à condução do inquérito que apura acusação de estupro contra o atacante Neymar.
O delegado titular da Equipe de Intervenção Estratégica da 6ª Delegacia Seccional de Polícia de Santo Amaro, Fernando Bessa. que assina o B.O., entendeu que o teor das declarações da modelo - quando questionada sobre as digitais colhidas na porta de seu apartamento depois de um suposto assalto ao imóvel - teria maculado a honra da Polícia Civil como instituição e dos policiais do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt) destacados para o local.
De acordo com o boletim de ocorrência, um ofício deverá encaminhado ao IIRGD para solicitar o comparecimento dos policiais responsáveis pela coleta da prova material no apartamento da modelo "para que estes prestem declarações acerca do ocorrido e, caso sintam-se atingidos em sua honra, apresentem eventuais representações na forma preconizada pela lei (Artigos 141, inciso II e 145 parágrafo único, ambos do Código Penal)".
No entanto, ainda não foram informados como o inquérito será conduzido, além das possíveis datas dos depoimentos de testemunhas e da própria modelo Najila Trindade, que figura na condição de investigada.
Repercussão
A presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), Raquel Kobashi Gallinati, enfatizou que uma pessoa descontente com o resultado de um inquérito investigações não pode tentar intimidar ou suspeitar da imparcialidade da instituição apenas por se sentir insatisfeita com o andamento das investigações.
"A Polícia Civil possui honra objetiva e tem uma reputação a zelar. É inadmissível aceitar ofensas levianas. A polícia não pode ficar à mercê de afirmações intimidatórias que querem colocar suas investigações em xeque. Nós trabalhamos para descobrir a verdade dos fatos e não em favor da defesa ou da acusação. Não aceitaremos ingerências na condução das nossas atividades. A imparcialidade da investigação é a essência da atividade de Polícia Judiciária", frisou a delegada.
A delegada Raquel Kobashi Gallinati afirmou que a 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de São Paulo já entendeu - em casos anteriores - que é possível uma pessoa jurídica (Polícia Civil) ser vítima de um crime de difamação.
Outro lado
A reportagem do R7 não conseguiu entrar em contato com o advogado da modelo Najila Trindade até a publicação desta matéria.
(R7)
A Polícia Civil de São Paulo registrou, na última terça-feira (11), um boletim de ocorrência por difamação contra a modelo Najila Trindade Mendes de Souza, de 26 anos, por declarações feitas em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do Programa Conexão Repórter, do SBT, nas quais lança dúvidas sobre a idoneidade da instituição devido à condução do inquérito que apura acusação de estupro contra o atacante Neymar.
O delegado titular da Equipe de Intervenção Estratégica da 6ª Delegacia Seccional de Polícia de Santo Amaro, Fernando Bessa. que assina o B.O., entendeu que o teor das declarações da modelo - quando questionada sobre as digitais colhidas na porta de seu apartamento depois de um suposto assalto ao imóvel - teria maculado a honra da Polícia Civil como instituição e dos policiais do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt) destacados para o local.
De acordo com o boletim de ocorrência, um ofício deverá encaminhado ao IIRGD para solicitar o comparecimento dos policiais responsáveis pela coleta da prova material no apartamento da modelo "para que estes prestem declarações acerca do ocorrido e, caso sintam-se atingidos em sua honra, apresentem eventuais representações na forma preconizada pela lei (Artigos 141, inciso II e 145 parágrafo único, ambos do Código Penal)".
No entanto, ainda não foram informados como o inquérito será conduzido, além das possíveis datas dos depoimentos de testemunhas e da própria modelo Najila Trindade, que figura na condição de investigada.
Repercussão
A presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), Raquel Kobashi Gallinati, enfatizou que uma pessoa descontente com o resultado de um inquérito investigações não pode tentar intimidar ou suspeitar da imparcialidade da instituição apenas por se sentir insatisfeita com o andamento das investigações.
"A Polícia Civil possui honra objetiva e tem uma reputação a zelar. É inadmissível aceitar ofensas levianas. A polícia não pode ficar à mercê de afirmações intimidatórias que querem colocar suas investigações em xeque. Nós trabalhamos para descobrir a verdade dos fatos e não em favor da defesa ou da acusação. Não aceitaremos ingerências na condução das nossas atividades. A imparcialidade da investigação é a essência da atividade de Polícia Judiciária", frisou a delegada.
A delegada Raquel Kobashi Gallinati afirmou que a 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de São Paulo já entendeu - em casos anteriores - que é possível uma pessoa jurídica (Polícia Civil) ser vítima de um crime de difamação.
Outro lado
A reportagem do R7 não conseguiu entrar em contato com o advogado da modelo Najila Trindade até a publicação desta matéria.
(R7)
Postar um comentário