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A francesa Blanche Dumas nasceu no final do século XIX, tendo sido agraciada por Deus com três pernas, quatro seios e duas vaginas. É difícil recompor sua biografia, mas é conhecida algumas histórias a partir das próprias imagens e dos relatos científicos que sempre a cercaram. Algumas de suas imagens apareceram pela primeira em 1869 publicado numa conceituada revista de Paris. O texto dizia:
“A reprodução das monstruosidades pela fotografia é uma idéia que merece ser encorajada, e que tornará mais fácil o estudo daquilo que apenas se pode abordar em pequeno número”.
Uma imagem de Blanche já adulta, com cerca de 25 anos, foi publicada em Boston, por volta de 1887, o artigo relatava o seguinte: “Um monstro feminino, duas vulvas e vaginas completas e separadas, quatro mamas, três pernas”. O autor do artigo (e supostamente da foto), o médico austríaco Joseph Bechtinger, naquele momento radicado no estado do Pará, no Brasil, explicava por meio dessa anatomia atípica seu excesso de disposição sexual:

“Nos hospitais, gabinetes de curiosidade ou nos circos, era comum ver todo tipo de acidente da natureza. Mas o que surpreendia no caso de Blanche era o fato de que uma transformação parecia ocorrer diante do olhar que percorria seu corpo de cima a baixo: acima, um rosto belo e delicado, uma expressão serena, um par de seios exemplares, cabelos bem cuidados; abaixo, uma terceira perna mal formada que desestruturava seus quadris, bem ao lado de protuberâncias que os cientistas explicavam como sendo outro par de seios. Destacando-se de seu corpo totalmente nu, as imagens exibiam ornamentos floridos no cabelo, suntuosos colares, e três botas pesadas que não deixavam dúvidas de que aquele membro era uma terceira perna”.
E você pensa que isso a impediu de ter uma vida amorosa agitada quando se tornou adulta? Nada disso. Na verdade, foi justamente o contrário — ela se tornou uma cortesã famosa em Paris.
Um dia, Blanche ouviu falar sobre a fama de Juan Baptista dos Santos, um português que também tinha três pernas e dois pênis. Pensando em todas as possibilidades, ela insistiu em conhecê-lo.
Ambos sofriam de tripedalismo (três pernas) causado por um gêmeo parasita, o que gerou a existência de mais órgãos genitais. Além disso, era relatado que os dois também tinham um apetite sexual insaciável.
As poses da infância e da adolescência, em que aparece nua com seus ornamentos, encarando-nos com segurança ou, ainda, deitada como uma pequena odalisca, já parecem querer anunciar a cortesã que ela se tornaria. Foi assim que, com o apoio da ciência, Blanche escapou dos circos de aberrações para se destacar nos bordéis da Paris.
*****Isso é Bizarro

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