Francisco Gleydson Santos, sua esposa Tainá Kelly Sousa, 18 anos, e seu filho de apenas 7 meses, foram a Rádio Campo Maior em Quixeramobim no último dia 16 de junho e relataram terem chegado ao município no dia 14 após receberem uma promessa de emprego no município. De acordo com o relato do casal, um homem identificado por Kelton Gadelha, que costumava frequentar há cerca de dois anos a comunidade de Recanto, em Ipu, onde o casal residia, teria prometido aos dois um emprego de zeladores em sua suposta fazenda no município de Quixeramobim.
“Antes chegar aqui liguei para ele e perguntei se eu vinha só e depois quando ele fosse à Ipu traria minha esposa, mas ele disse que eu podia vir com minha família. Ele me ofereceu um salário mínimo e uma casa para morar na fazenda. Eu estou desempregado e precisando sustentar minha família. Acabei aceitando”, disse Gleydson durante o apelo realizado aos ouvintes.
Logo que a história foi relatada por ele, que inclusive chegou a chorar na recepção da emissora, diversos ouvintes e até mesmo funcionários se mobilizaram para contribuir financeiramente na compra das passagens para que eles pudessem retornar à Ipu. “O pior de tudo é que estavam com a criança, foi o que me motivou a ajudar”, chegou a relatar uma ouvinte.
Nesta quinta-feira, 30 de junho, a reportagem foi informada que o mesmo casal com a criança estiveram na Rádio Atitude FM, de Itapajé, expondo a mesma história, mas como o diretor da emissora já tinha tomado conhecimento do apelo através de uma matéria publicada no blog Quixeramobim Agora, foi solicitado que eles se retirassem da emissora.
Como se não bastasse, em um levantamento realizado pelo blog pelo menos mais sete emissoras, sendo outra de Quixeramobim, uma de Quixadá, Sobral, Aracati, São Gonçalo do Amarante, Russas e Beberibe, respectivamente, também foram visitadas pelo casal para realizarem o apelo narrando o suposto episódio.
A atitude do casal revoltou radialistas e populares que foram enganados com a história. De acordo com a advogada Liliane de Siqueira Saraiva, o caso pode ser classificado como estelionato e que deve ser apurado pelas autoridades policiais a fim de evitar novas vítimas: “A princípio, a conduta praticada pelo casal se configura como crime de estelionato, pois o mesmo está enganando as pessoas para obter vantagem, seja em dinheiro ou produtos. Para esse tipo de crime, a pena de reclusão estipulada é de um a cinco anos, mas para isso é fundamental que as vítimas registrem a ocorrência na Delegacia. Agora, pela forma como eles agem, pela lábia que usam, a desfaçatez, a frieza e o poder de convencimento que apresentam, é possível que pratiquem outras condutas criminosas, o que deveria ser investigado”, disse.
*** Informações do Blog Quixeramobim Agora
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