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Tragédia aconteceu nos fundos da residência da família na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. 'Por mais que a gente cuide de uma criança, ela cega a gente', diz avó.



“Ninguém está acreditando no que aconteceu com essa criança”. É assim que uma vizinha descreve o sentimento de todos no bairro Conquista, em Luís Eduardo Magalhães, região oeste da Bahia, onde o pequeno Alan Gustavo Ferreira da Silva, de apenas 1 ano e 4 meses, morreu afogado dentro de um balde nos fundos de casa, na tarde de sexta-feira (16).

Segundo a polícia, a tragédia aconteceu quando a mãe saiu de perto da criança para atender uma vizinha na porta.

“A mãe dessa criança lavava roupas nos fundos da casa. Em um dado momento, essa mãe sai, vai à porta da casa atender uma vizinha, conversam alguns minutos, e quando retorna para o local onde estava lavando roupa, infelizmente, encontra o seu filho dentro de um balde de água”, detalha o delegado Leonardo Mendes, que está à frente das investigações.

A avó paterna de Alan afirma que a mãe do menino não teve culpa. "Foi questão de segundos, gente. Foi um acidente que aconteceu. Ninguém pode culpar ela por negligência não. Ela não teve culpa. Isso acontece. Por mais que a gente cuide de uma criança, ela cega a gente. As pessoas têm que entender, todo mundo tem que entender que ela não teve culpa", diz a avó Ivana Rita.

O garotinho Alan Gustavo foi enterrado na tarde de sábado (17), no cemitério de Luís Eduardo Magalhães.
No dia da tragédia, desesperados, os familiares ainda tentaram socorrer o garoto. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Luís Eduardo Magalhães, mas quando chegou lá, já não respirava mais.
“Foi tentado constatar todos os sinais vitais da criança. Não tinha nenhum sinal vital. Tentou fazer a reanimação dessa criança, que é o protocolo, e constatou o óbito após a tentativa de reanimação por 20 minutos”, afirmou o médico João Lucas Rios, diretor da UPA.

De acordo com o delegado, a polícia vai investigar se houve ou não responsabilidade pela morte do menino.

“A gente tem 30 dias para formalizar o inquérito e entregar ele ao Ministério Público com o nosso relatório final. Nesse relatório final, a gente pode indiciar aquele que foi responsável ou aquela que foi responsável pela morte da criança, como também pode solicitar o arquivamento, que no entendimento do Ministério Público, tudo isso pode ser mudado. Se ele [MP] entender realmente que existe responsabilidade, ele vai apontar a responsabilidade daquela pessoa, e também, se ele achar que não há responsabilidade, também opinar pelo arquivamento. Ele remete isso ao juiz, e o juiz aí homologa a decisão do Ministério Público", explica o delegado Leonardo Mendes.

G1

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