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 Parte do dinheiro arrecadado para custear a viagem de Ágatha Heloísa, de 1 ano e 10 meses, que sofre de atrofia muscular espinhal e vai tomar um remédio que custa R$ 12 milhões, foi roubado durante um assalto à mãe dela, na segunda-feira (28), em Crato, no interior do Ceará



A família conseguiu na Justiça Federal que União pague pelo remédio, mas a menina precisa ir a São Paulo para tomá-lo antes dos dois anos de idade, ou seja, até agosto. A meta é conseguir juntar R$ 60 mil para custear as despesas da viagem. O remédio é Zolgensman, que custa R$ 12 milhões.


Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia regional em Crato. A Polícia Civil informou que a unidade segue investigando o roubo para capturar o suspeito. "Algumas informações serão preservadas para não comprometer as investigações", diz nota.


Conforme Viviane Ferreira, ela saía da sede da Secretaria da Saúde da cidade, onde foi marcar uma viagem para a realização de exames em Fortaleza, quando foi atacada por um homem, que levou uma bolsa onde estavam R$ 857. "Quando eu estava saindo da secretaria [de Saúde] um indivíduo chegou a mim, me roubando. Tomou meu celular, uma quantia de R$ 857 e levou os documentos", relembra.


Para que o remédio tenha a eficácia desejada, ele tem que ser tomado no máximo até os dois anos de idade. A família de Ághata está correndo contra o tempo para fazer a viagem, com previsão de ocorrer este mês de julho, segundo a mãe da criança.


Antes da família de Ágatha Heloísa obter a liminar para o custeio do remédio, a Justiça Federal negou o pedido da família para que a União custeasse o medicamento de R$ 12 milhões para a criança. A família da bebê, continuou recorrendo à Justiça até obter o medicamento milionário. Viviane afirma que Ághata tem a forma mais grave da doença, que afeta um a cada 10 mil bebês, causando dificuldade para caminhar, comer e respirar.


G1 CE

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